quarta-feira, 9 de novembro de 2011

fazer alguém mais feliz...

Às vezes é tão simples fazer alguém feliz! Nem que seja só um bocadinho. Sei lá! Se olharmos uns para os outros com olhos de ver isso será muito mais fácil. Vejamos, se alguém faz anos não deveremos dar a prenda que sabemos que o outro vai apreciar? Devíamos, mas preocupamo-nos antes com o que fica bem ou com o que nós gostaríamos de ter. Eu acabo sempre por oferecer livros quando não sei muito bem o que dar. Até porque só ofereço prendas a quem eu gosto portanto são muito poucas as que dou. Agora há uma coisa extraordinária que eu nunca entendi que é a parte dos favores. Não estavam à espera que eu fosse falar de prendas, pois não? Pois é esta parte de fazer favores é que é tramada. Há quem diga que estes são em cadeia e que uma mão lava a outra. Eu não penso assim, sei que sou burra neste sentido. Quer dizer, burra de alguns pontos de vista, não do meu. Devemos apreender que nem todos temos o mesmo entendimento de favores. Alguns acham que “se eu te desenrasquei agora o melhor é pagares já e de preferência em dinheiro” ora para mim isto é uma prestação de serviços, tipo prostituta, não declarável no IRS. Se levamos uma vida a ajudar alguém, directa ou indirectamente, e agora precisamos de um pequeno favor, um daqueles pontuais e nos é negado o que é que pensamos? “Grande porra! Andei eu a ajudar e agora não estão disponíveis para mim…é bem feita, é para eu aprender! “ aqui está um claro desentendimento naquilo que é um favor, nós entendemos que é, por vezes, o outro também entende mas nem sempre o admite. Também há aqueles que vivem disto e querem por força fazer favores aos outros só para dizerem que o fazem, ou seja, não porque precisamos mas porque os outros querem que precisemos para depois dizerem: “se não fosse eu ela não tinha marcado a consulta naquele médico…” ah, estes até são engraçados. Podia levar aqui o resto da página a falar de favores e dos seus vários tipos mas não o vou fazer. Quero só dizer que eu não faço favores, tudo o que faço é de livre e espontânea vontade e com carinho. Quando me é solicitado um favor ou qualquer outra coisa por alguém a quem eu tenho pouca consideração a resposta é um NÃO maiúsculo e durmo melhor. Já me deixei de expectativas e acho que devemos dizer com todas as letras tudo o que queremos e não deixar que os outros usem a intuição porque esta também se paga. Devemos ter em conta que aqueles que mais perto estão de nós ou que deveriam estar são os primeiros a pedir e os primeiros a negar. Devemos também ter em conta que a inveja é o multiplicador da negação de favores. Do género: “ela pediu para eu a ir levar ao aeroporto porque vai de férias e não quer pagar o parque do carro…mais faltaria! Não tem dinheiro para as férias? Ora eu não vou de férias portanto que pague o parque!” estes são o Zé povinho triste que nunca vai ter dinheiro para as férias e que vai sempre aproveitar-se dos favores dos outros.
Dois esclarecimentos: não vou de férias, por enquanto e, este ano, querida Angélica sei exactamente o que te vou oferecer no dia dos teus anos e não vai ser um livro.
Os dias de chuva deixam-me muito mais lúcida e bem disposta!
(por Celeste Silva)

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