quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Todos os Nomes

“… perdoai-vos uns aos outros, como é costume dizer-se, A frase conhecida não é assim, é amai-vos uns aos outros, Dá no mesmo, perdoa-se porque se ama, ama-se porque se perdoa…” “Começarei por lhe perguntar se sabe quantas são as pessoas que existem num casamento, Duas, o homem e a mulher, Não senhor, no casamento existem três pessoas, há a mulher, há o homem, e há o que chamo a terceira pessoa, a mais importante, a pessoa que é constituída pelo homem e pela mulher juntos,…” (José Saramago, in “Todos os Nomes”)

Muito há a aprender com Saramago. Sempre vivo, sempre presente, sempre actual.
Foi mais um dos que já li e o arranque para muitos outros que ainda faltam ler deste Senhor que admiro cada vez mais.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Vacas Encoiradas

Impulsionados os meios disponíveis, chego à conclusão por analogia que uma “Vaca Encoirada” será uma vaca forrada com couro, coberta de pele ou cicatrizada. 
Pois…. Forrada a, ou coberta de pele ou cabedal, todas as vacas o são, mas cicatrizada? Não. Tudo menos isso. São as “vacas encoiradas” tudo menos saradas, pois são elas que lembram feridas antigas, feridas por sarar e que teimam em abrir, em rebentar pontos mal suturados, feridas infectadas e putrefactas que emanam cheiros repugnantes, que arrastam infelicidade a quem nos rodeia e que nada têm a ver com o “encoiramento” de tempos passados. 
São essas vacas que teimam em surgir nas nossas vidas, que lembram o que ficou por curar, mas… apesar da opção disponível de poder virar a cara para o lado, temos a tendência de mexer na ferida e libertar o que pior há nelas e magoar quem nos trata bem no dia a dia.